quinta-feira, 27 de agosto de 2009

TURFE - MAN O'WAR, O MELHOR DO SÉCULO 20

Considerado melhor cavalo de corrida da história, Man o´War nasceu em Legington Kentucky, em 1917. Durante curtíssima carreira, venceu 20 de 21 corridas, conquistando quase US$ 250 mil, uma fortuna para época.

Sua estréia foi em Belmont Park, em 1919, onde vencendo com extrema facilidade. Poucas semanas depois, vencia, com a mesma maestria, o Keene Memorial Stake, uma das corridas mais prestigiadas da época. Man o’War chamava atenção de todo o país, pois com apenas 2 anos já se destacava entre os campeões da época. Sua única derrota aconteceu neste ano, e foi para Upset. Foram 9 vitórias em 10 provas que disputou em 1919.

Com 3 anos, Man o’War já espantava pelo seu porte. Em Preakness Stakes, uma pista de 1.800m, Man o’War venceu registrando um novo recorde: 1 minuto 51 segundos 360 milésimos. Em Belmont Stake, no Elmont New York, uma pista de 2.200m, o jovem cavalo venceu com 20 corpos de vantagem, registrando um novo recorde americano: 2 minutos 14 segundos 200 milésimos, demolindo o recorde do ano anterior de Sir. Barton em mais de 3 segundos. Neste mesmo ano, 1920, venceu o Dwyer Stakes, the Travers Stakes, o Stuyvesant Handicap, e o Jockey Club Gold Cup. Com essa performance, os proprietário dos seus adversários recusavam colocar seus cavalos em provas contra Man o’War. Porém, no Lawrence Realization Stakes, um cavalo finalmente foi inscrito para uma disputa. Seu nome era Hoodwink. Mas Man o’War não deu chances. Venceu os 2.600m em 2 minutos 40 segundos 48 segundos, com mais de 100 corpos de vantagens (há quem dia que foram mais que isso). Este recorde persiste até hoje.

Sua curta carreira se encerrou em Windsor, Ontário (CAN), no Kenilworth Park Gold Cup, na primeira corrida filmada de Turfe. Nos 2.000m, Man o’War duelou contra o campeão da Triple Coroa Sir. Barton. Mais uma vitória do jovem campeão, com 7 corpos de vantagem. Em dois anos de carreira, Man o’War conquistou 20 vitórias (em 21 corridas), quebrou 3 recordes mundiais, 2 recordes americanos e 3 recordes de pista.

Após sua aposentadoria, Man o’War virou um garanhão reprodutor. Foram mais de 64 reproduções vitoriosas, e destes, vários campeões. War Admiral e War Relic foram os mais famosos. Em 1947, com 30 anos, o campeão faleceu, aparentemente de ataque do coração. Biografias, esculturas e outras homenagens de sua vida e carreira foram feitas. Em 1957, Man o’War entrou para o Hall da Fama do Museu Americano de Corrida. Logo após, o grande prêmio Man o’War Stakes foi criado em sua homenagem. Na Blood-Horse magazine, conceituada revista de Turfe Americano, Man o’War foi nomeado com o melhor cavalo do século 20, vencendo 100 cavalos campeões do século.

Essa lenda nunca será esquecida.

Vejam: http://www.youtube.com/watch?v=yC86Jm5oiMc&feature=related

MN
"Aqui, o esporte é sem limites"

domingo, 16 de agosto de 2009

ATLETISMO - QUAL O LIMITE PARA OS RECORDES?


Até onde vão os limites no atletismo mundial? Há recordes imbatíveis até hoje, como o salto com vara masculino, os 100m rasos feminino, os lançamento de martelo masculino, arremeso de peso masculino e feminino, 1500m femininos, 800m femininos, etc. Mas há recordes que parecem piada para os atuais "mega" atletas atuais.

A russa Yelena Isinbayeva, unânime a 5 anos, a cada temporada aumenta em média 2cm seu recorde mundial no salto com vara. Com isso, sua conta bancária aumenta a cada novo recorde. Estratégia ou superação? Observando a atleta atuando, não podemos responder essa pergunta, porém é possível perceber que ela pode mais. Qual será o limite para uma mulher saltar um sarrafo a mais de 5,05m, atual recorde de Isinbayeva?

Usain Bolt, jamaicano, atualmente super star dos 100m rasos . Hoje, em Berlim, estabeleceu um novo recorde mundial na prova: 9,58s. Esta marca é 0,09s mais rápido que seu recorde anterior, e 21s melhor que de Ben Johnson, que espantou o mundo em 1988 ao voar abaixo dos 9,80s, mas dopado. Quando olho Usaim Bolt correndo, sem aquelas roupas modernas coladas ao corpo, vejo que os 9,58s corridos não são o suficiente. Há espaço para um recorde mais baixo. Mas qual o limite? Será que esse limite tende a zero, como na matemática? Só o tempo dirá.
Usaim Bolt, 22 anos. Yelena Isinbayeva, 27. Será que os grandes atletas serão cada vez mais novos? E seus corpos, estarão prontos para tanto desgastes e pressão física?
Vejam o novo recorde mundo dos 100m rasos : http://www.youtube.com/watch?v=waVDe-zC3ZI

MN
"Aqui, o esporte é sem limites"

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

NFL - BILLS 41 x OLIERS 38, UM JOGO HISTÓRICO

Como é bom ver um jogo, independente do esporte, que empolgue a torcida, que traga emoção e principalmente, quando seu time está jogando. Quem me conhece, sabe que sou fanático por esportes, e quando falamos de Futebol Americano, o Buffalo Bills é unanimidade em minhas preferências.

Ontem, pesquisando notícias da pré-temporada da NFL (liga americana de Futebol Americano), me deparei com um lista de TOP 10 dos melhores jogadores, jogos e destaques do esporte, na visão de alguns especialistas. Não quero entrar no mérito se concordo ou não com as listas. Por mais que boa parte dos nomes que foram apresentados eu concorde, há controvérsias. Mas algo na lista me chamou a atenção, e resgatou esplêndias lembranças da minha infância. O vencedor do TOP 10 de “comebacks”, as famosas viradas, foi o jogo entre Buffalo Bills e Houston Oilers, em janeiro de 1993. Rever os melhores momentos desta partida trouxe uma alegria espetacular. Recordo-me deste jogo, em épocas onde a ESPN tinha transmissões de André Adler e Ivan Zimmerman.

A batalha entre Bills e Oilers não foi apenas um jogo histórico, mas uma demonstração de que a equipe do Estado de Nova York possui a torcida mais apaixonada da NFL. Mesmo perdendo por 35 a 3 no início do 3º quarto, nenhum torcedor deixou o estádio, esperando por um milagre. Mais um ofensor, que incentivaria os torcedores a deixa o estádio: o frio. A temperatura estava abaixo de 0º.

Quem esperava uma disputa entre os dois melhores jogadores da temporada, Warren Moon (quarterback de Houston) e Jim Kelly (quarterback de Buffalo), ficou decepcionado. Jim Kelly, dos Bills, se machucou no início do jogo e foi substituído. Para piorar a situação da equipe de Buffalo, Thurman Thomas, runningback dos Bills, principal jogador de ataque, também foi forçado a deixar o campo, após se contundir. Eis que na adversidade surgem os heróis. Frank Reich e Kenneth Davis surgem para substituir Kelly e Thomas.

A partida foi espetacular. Houston dominou os dois primeiros quartos, quando abriu uma larga vantagem: 28 a 3. Foram 4 touchdowns (pontuação máxima do Futebol Americano), e Warren Moon acertou 19 de 22 tentativas de lançamento. Tudo conspirava contra Buffalo.
Após o intervalo, o técnico de Bills, Mark Levy (uma lenda do esporte) disse à equipe: "... vocês tem mais 30 minutos. Talvez seus últimos 30 minutos na temporada. Quando a temporada terminar, vocês vão conseguir se olhar? Vocês estão no fundo do poço. Ergam-se! Vocês podem!". Estas palavras, com certeza, incentivaram os atletas, que em 30 minutos, empataram a partida, e viraram na prorrogação.

De imediato as palavras não foram sentidas pois os Oilers ampliaram logo no início do 3° quarto, aumentando o placar para 35 a 3. Era um golpe fatal para o torcedor. Mas tudo começaria a mudar após um erro na saída dos Oilers após o touchdown. Com a saída praticamente no meio do campo, os Bills precisaram de 50 jardas e 10 jogadas para completar o primeiro touchdown, que foi convertido pelo reserva "milagreiro" Kenneth Davis. A partida então ficou em 35 a 10. Reich lançou 40 jardas nesta jogada, iniciando sua noite inesquecível.

Com uma jogada estratégica na saída de bola, os Bills não deixaram os Oilers recuperar a bola, e partiram novamente para o ataque. Com um lançamento de 38 jardas, Reich deixou o wide receive Don Bebbe, que marcou mais um touchdown e reduziu o placar para 35 a 17.

A blitz da defesa da Buffalo abafava Warren Moon, que não produzia ataques que avançavam Houston até a end zone. Com isso, Buffalo novamente foi ao ataque. Em 4 jogadas, Reich fez os Bills novamente entrar na end zone, agora em um passe de 24 jardas para Andre Reed. Placar: 35 a 24. A torcida explodia na arquibancada. Ainda não havia terminado o 3° quarto e Buffalo reduzia para 11 pontos a diferença.

Buffalo insistia na blitz, forçando Warren Moon a fazer jogadas longas. Em uma delas, o safety Henry Jones interceptou a jogada e colocou os Bills novamente no ataque. Nesse momento, todos no estádio enlouqueceram, e passaram a acreditar no milagre. Mais um ataque perfeito, e Reed marca novamente. Bill marcou 28 pontos no 3° quarto, e reduzia a vantagem para apenas 4 pontos: 35 a 21.

Então, o impossível acontecia. Um erro da equipe de Houston, na tentativa de um field goal, fez os Bills retomarem a bola. Em uma jogada de corrida de mais de 30 jardas, e um lançamento perfeito de Reich para Reed, a equipe de Buffalo passou a liderar o jogo após estar perdendo por 32 pontos. Bills 38 x 35 Oilers.

No primeiro avanço organizado de Houston no segundo tempo, Warren Moon deixou a equipe a postos para fazer um field goal, que foi convertido, empatando a partida em 38 pontos. A guerra iria para o seu último capítulo: A Prorrogação.

Os Oilers sairia primeiro ao ataque, com chances de vencer a partida. Mas, não era o dia de Warren Moon, que foi interceptado por Nate Odomes, colocando os Bills novamente no ataque. Com paciência e jogadas conservadoras, os Bills avançavam. Próximo a end zone, os Bills optaram por uma field goal. Steve Christie, kicker de Buffalo entrou em campo, e sacramentou a maior virada (comeback) da história do Futebol Americano, e uma das partidas mais emocionantes de todos os esportes. Eu queria ter visto este jogo ao vivo.

MN
"Aqui, o esporte é sem limites"